Faltou o verbo
Fazer-se palavra.
Esperei.
O som não ecoou.
Aquele silêncio ficou
Desenhado. Foi mais
Uma das suas artes
Abstratas.
Quando a alma espera,
O tempo, o imorredouro
Tempo suspira sentado
Em flores tranquilas.
Não há explicações para
O que não é dito, para o
Que fica preso no céu da
Boca. Pouco entendo de
Distâncias e gelo.
O que vale é sempre o
Grande calor do sol,
As lágrimas da lua,
A entrega maior.
A noite dissolve-se
Em estrelas, a grande
Magia sempre sou eu:
Já não espero mais.
Que a música dance
Com aquele momento
Sem palavras.
Escuto o amanhã.
Karla Bardanza
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