Da madrugada rasgada de estrelas,
Bordo planetas, costuro palavras
Que alinhavo com as mãos calejadas
De magia e todo o encantamento.
Por um momento apenas, deixo
De ser quem sou e visto o perfume
Dos poemas, perdida em nuvens.
Pesco sortilégios, ordenho nuvens,
Deito em maravilhas escutando
As tristezas da lua.
E toda vez que esta mulher sai
De dentro de minha alma, acalmo
Os meus olhos e me sinto completa,
Repleta de resposta e imagens.
Meu coração selvagem voa, caça
Vogais e consoantes que são seduzidas
Pela poesia e nestes pequenos instantes,
Sou o meu próprio mito e fantasia.
Karla Bardanza
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