A minha eventual desarmonia
Sempre me enche a alma com
Uma confusa claridade.
Ando por movediças estradas,
Buscando dentro do meu nada
A minha própria danação,
Observo o grito da lua, as gotas
Do sol cansado, o meu louco e
Denso turbilhão.
Fico arrancando a pele e as
Unhas com um desespero manso
De quem já conhece o caminho
Da saída.
Fico tão indecisa perdendo esse
Pouco de vida com a certeza
Divina e abissal que morrer uma
Vez mais não faz tão mal.
Karla Bardanza
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