Perder
Perder com calma
Sob a foice da lua,
Sob os apelos dos pelos
Apertando a carne nua.
Abrir as pernas
Com aquela incerteza
Necessária e vital
Dos que guardam
Uma chave que nada
Abre.
Deixar o rumo
Dar o rumo que
Bem entende quando
Nada mais se pretende
Ou se aprende.
Seguir
O roteiro imprevisto
Do ar, a trajetória
Insana dos anjos
Azuis descrucificando
A cruz.
E lá no final
Se tiver final,
Ver o que vai dar
E se vai dar para
Dar o que se esconde
Na língua obscena
Do luar.
Karla Bardanza
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