O que está oculto,
vejo como cristal.
O engano é sempre
Do enganador.
A pétala não esconde
A flor.
A palavra estendida
Procura vida tão
Cegamente e mente.
A caligrafia é fácil
De reconhecer,
Dentro dele,
Dela, de todos
Eles, estão tuas
Mãos brincando
De desmorrer.
Observo como
Quem encontra
Os rastros do
Lobo, as cinzas
Da alma e do fogo.
E o sentido fica
Tão sentido,
Escondido por
Detrás da membrana.
Meus olhos me evitam
E eu abomino cada linha
Que leio e que pula
Do meu seio onde guardei
Tuas verdades.
Sim
É tarde.
Agora
Já é tarde.
Nada mais brilha.
Despenco com essa
Claridade que me
Cega, com o que me
Renega.
Sim
O camaleão não
Sabe se esconder.
Ele mora nas
Metáforas que
Se arrastam dentro
Mim e morrem
Em você.
Karla Bardanza
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