Você me estragou
com a tua boca de luar,
com essas palavras
cheias de soluções
e destino.
Guardarei todas as
mandalas,
todos os blues,
todo céu azul
que a Virgínia esqueceu.
Guardarei aquela
nota suicida
para lembrar da minha vida
e dessa tua vontade
insegura de me salvar.
Você me estragou:
dei passos que não chegaram
a lugar nenhum porque
não sai do lugar.
Um dia, um dia
lá para frente,
os deuses me perdoarão
por eu ser assim
como sou.
(Não sei ser diferente)
Escute as músicas,
guarde a minha voz,
lembre-se que morri.
Lembre-se apenas
que morri.
Karla Bardanza
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