ameaçador quando te vejo
em imagens distantes,
quando escuto a lua
suspirando os feitiços
que já aprendi.
Se pudesses
ser água e deixar-me
beber-te com as mãos
trêmulas e assombradas.
Se.
Há ainda essas coisas
que já não possuem nome
dentro de mim por serem
caminhos sem volta,
retornos cansados,
sagrados silêncios.
Se a morte não fosse
tão doce e tudo fosse
mais leve para carregar
como essa hora mansa
caiada de estrelas
e feridas.
Se.
Vergo sob o peso
do meu coração,
caio de dentro de mim
e
não há atalho nesta caminhada
que já me levou tudo,
até isso que já
chamo de nada.
Karla Bardanza
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