Odile de Schwilgué
Um copo d'água
e uma aspirina
enquanto aguardo
o destino na cama
Nem sou eu
aqui
apenas um pedaço
do meu corpo
Abraço
meu ursinho de pelúcia
vermelho
e em estado fetal,
procuro pelo que
ainda falta chegar
Mas amanhã
vai ser igual a hoje
com uma noite
no meio e mais meia hora
de solidão
Entre
um sol e outro
seca tudo.
seca o mundo
e o meu coração.
Fecho os olhos
enquanto
amasso os lençõis
com o peso do meu remorso
E
precisamente
às 6 horas
a minha dor de cabeça
já mudou de nome
É fome
de
algo tão grande
que nem cabe
mesmo na vida
Karla Bardanza
Nenhum comentário:
Postar um comentário