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QUASE AMANSEI A MORTE


O meu tempo é repentino.

Escureço com ousadia,

Anoiteço por vocação:

O perigo é apenas mel

Escorrendo em gotas

Graciosas pelos dedos

Infames da razão.



Meu destino de água

Toma todas as formas,

Acompanha minha Mãe Lua,

Solidifica o mistério, é líquido

Afeto no ritual diário de existir.

Meu delírio é sempre agora,

Minha coragem tem estratégia:

A arte da guerra é o próprio

Comando de mim mesma.



Quando fujo é sempre de mim,

O outro é curiosidade nesta

Busca insana de respostas

E alteridade. Minhas crenças

Foram amarradas no me corpo nu

Enquanto eu fazia o meu juramento

Secreto. O enigma maior é sempre

A vida, o instante mitológico

Que escrevemos com vontade.

Quase amansei a morte, quase.

Domar é sempre sagrado.

Quando não me restam alternativas,

Bordo minhas iniciais no meu coração

De pano. O fio perfeito e eterno

Nunca está escondido nas minhas

Intranqüilas mãos.





Karla Bardanza






































































2 comentários:

alma disse...

Karla,

consegues sempre ir além de todos os limites.

bj

Helen De Rose disse...

Isto é mais que um poema, isto é um ritual alquímico! Semana de niver vc está arrasando, mana! Entramos na semana de Osíris, sob a Lua Azul do Egito. Aproveita!!!