O cânone dita
E separa o joio
Do trigo, rotulando
Quem é bom,
Quem tem um amigo.
Legitima autores,
Define a boa literatura
Enquanto negligencia
Outros tantos.
(Pobres santos...)
O cânone me assusta
Com essa marginalização
Surda e calada quando
Arbitrariamente empurra
Tantos para o caos e o nada.
Quem dita as regras?
Quem faz o julgamento
De valor?
Quem dá essas cartas loucas?
Quem são vocês que me
Causam tanto pavor com
Essas práticas burguesas doentes
E roucas?
Karla Bardanza
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