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ROSAS VERMELHAS



Quando eu me esquivo das rosas vermelhas,

Revivo o que enterrei no infinito. Tu chegas

Mais perto, serenando os ventos do sul,

Trazendo todo o azul que eu joguei no

Precipício, e todos os solstícios cabem neste

Breve espaço de tempo sem tempo onde

Tudo está suspenso entre as possibidades

Que desconheço. Amanheço com o sol.

Teus olhos de arrebol são toda a luz que

Guardo de mim mesma quando te busco

Nos instantes que não me permito o que

Ainda me apavora e que agora, sinto como

Uma verdade, que arde na penumbra breve

E leve que atravessa os meus oceanos tão

Vastos e lentos, sedentos dessa exaustão

Cansada que me deixa fascinada quando

Vasculho o dentro de dentro de mim e

Encontro tuas raízes crescendo rapidamente

Em meus silêncios, em meu calado jardim.



Karla Bardanza





Um comentário:

Nossos Encontros disse...

Sou a nova seguidora de seu blog! aprecio o seu bom gosto, o mesmo nos leva a um passado lindo; me indentifico muito com esta época e seus costumes. Sou Evinha BORBOLETA, e gostária que vc seguisse o meu blog tambem ok? te espero por lá; este é o meu endereço.http://encontrosnossos.blogspot.com