O que acaba comigo,
Sempre me principia.
Às margens da alma,
Apenas morte e poesia.
O que sei pelo tato
E o que me faz nascer.
Meu corpo voa no abismo
Entre o sol e o prazer.
O pequeno abraço perfeito,
A mais densa escuridão.
Creio que perco os pedaços
Nas linhas de tua mão.
Suspiros ignorados,
Algum som, pele nua,
Nunca sou de mim,
Muito menos tua.
Nada resta no ar.
Apenas cinzas e pó.
O amor me consome,
O amor é o um nó.
Cama de gato,
Arranhões e infinito.
De nós, guardo pouco:
Só gosto do teu grito.
Karla Bardanza
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