Extrai segredos do sol está manhã.
Fiquei deitada sentindo ele me
Molhar enquanto admirava o azul
Irônico do céu.
Afoguei minhas mãos em meus
Lábios cansados de falar e contemplei
A beleza exaustiva da natureza.
Lembro que meus olhos cegos
De verdades só queriam ver os
Desenhos que as nuvens faziam.
Minha mente estrangulada de
Lamento e saudade desvendava
O céu com alguma soberba fria,
Fascinada pelo nada, pelo tudo,
Pelo o momento em que o sonho
Se ajustava ao sol.
Passei quase a manhã inteira
Construindo encantos, colhendo
Palavras do ar, pensando que aquele
Tempo era a matéria viva sem voz
Da minha poesia. Quando o real
Voltou a me ferir, perdi a ousadia
E voltei a ser eu mesma de novo.
Karla Bardanza
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