O que está atravessado em minhas pálpebras,
Escondo do sol, guardo em minhas retinas
Queimadas pelo medo e pela ousadia de ser.
Pouco entendo disso que não consigo ainda
Ver dentro ou fora de mim.
Ouço as labaredas e ardo às margens da lua,
Revirando os olhos, exorcizando a alma louca.
--pouco importam as palavras ditas, o sacrilégio da dor—
Se alguém soprar as palmas de minhas mãos, apenas
Verá o amor. Não guardo o que me maltrata, lembro
Porém do negror sem os insultos, despido do que foi
Ou poderá ser.
De quem me habita, ouço sortilégios e todos eles
Sempre me levam para o melhor que plantei em
Minha alma e solo.
Karla Bardanza
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