A concha me conhece em minhas gentilezas e assombros.Aconchego-me nessa sólida escuridão com a janela fechada para o mato que toma conta dos meus terrenos abandonados. Estou de costas para não ver o outro lado de mim e das coisas brutas. Estou cansada dos meus olhos esfolados e dos limites do horizonte.Estou escondendo a noite e todas as palavras que não quero mais ouvir, porque vê-las é quase maldição na boca de alguém.
Aqui o conforto está na mansa hora, nas virtudes que não preciso procurar, no escuro do lado da luz. Quando estou despedaçando a minha alma, faço com calma. O bom mesmo é desaparecer e deixar o mistério para quem tem olhos de ver e sentir. Esse meu corpo não serve apenas para amanhecer junto com os galos. Ele está aqui para me fazer grande. Se as coisas perderam as metáforas, descanso aqui dentro. Na escuridão, vejo bem melhor. Há tantas coisas que não sei direito mas, uma coisa aprendi com a minha mãe: uma mulher sempre sabe a hora em que deve sair. Saio de mansinho para dentro de mim e mergulho sem medo de minhas profundezas ignoradas.
Aqui o conforto está na mansa hora, nas virtudes que não preciso procurar, no escuro do lado da luz. Quando estou despedaçando a minha alma, faço com calma. O bom mesmo é desaparecer e deixar o mistério para quem tem olhos de ver e sentir. Esse meu corpo não serve apenas para amanhecer junto com os galos. Ele está aqui para me fazer grande. Se as coisas perderam as metáforas, descanso aqui dentro. Na escuridão, vejo bem melhor. Há tantas coisas que não sei direito mas, uma coisa aprendi com a minha mãe: uma mulher sempre sabe a hora em que deve sair. Saio de mansinho para dentro de mim e mergulho sem medo de minhas profundezas ignoradas.
Karla Bardanza
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