Quantas vezes tenho que morrer?
À beira do abismo, uma certeza
Do fim do poço, um alvoroço de
Quem no limite conhece todo o
Deslimite, todo o fim sem fim,
Tudo que morre e morre mil e
Tantas vezes dentro do dentro
De mim.Quantas vezes a louca
Entrando sem licença e assinando
A minha sentença de morte, de
Medo, de degredo dentro da noite
De cristal? Quantas vezes a porta
Fechada, o peito cheio de buraco,
O rato fuçando no lixo do coração?
Quantas vezes a insana ilusão me
Rondando, abraçando meu corpo
E me envolvendo em fascinação?
Quantas vezes tenho que morrer?
Por que essa sensação que me
Devasta e arrasta para o fundo do
Que restou de mim? Por que um
Não antes do sim?Por que morrer
Assim? E morro, o revólver ali, a
Bala direto na alma, a faca rasgando
As profundezas de minha delicadeza,
A violenta conclusão, a desilusão, a
Desilusão...Quantas vezes tenho que
Morrer para sentir, para saber de que
Nada me mata e machuca mais do
Que está aqui, tentando apenas viver?
Karla Bardanza
À beira do abismo, uma certeza
Do fim do poço, um alvoroço de
Quem no limite conhece todo o
Deslimite, todo o fim sem fim,
Tudo que morre e morre mil e
Tantas vezes dentro do dentro
De mim.Quantas vezes a louca
Entrando sem licença e assinando
A minha sentença de morte, de
Medo, de degredo dentro da noite
De cristal? Quantas vezes a porta
Fechada, o peito cheio de buraco,
O rato fuçando no lixo do coração?
Quantas vezes a insana ilusão me
Rondando, abraçando meu corpo
E me envolvendo em fascinação?
Quantas vezes tenho que morrer?
Por que essa sensação que me
Devasta e arrasta para o fundo do
Que restou de mim? Por que um
Não antes do sim?Por que morrer
Assim? E morro, o revólver ali, a
Bala direto na alma, a faca rasgando
As profundezas de minha delicadeza,
A violenta conclusão, a desilusão, a
Desilusão...Quantas vezes tenho que
Morrer para sentir, para saber de que
Nada me mata e machuca mais do
Que está aqui, tentando apenas viver?
Karla Bardanza
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