Quando ela o fere
Com o salto agulha,
Fazendo toc-toc-toc
No coração trapaceiro
Dele, ela se sente um
Pouco melhor.
Pisa nele de tão
Cansada que está.
Depois levanta e diz
Que não tem nada
Para jantar. Vira as
Costas, bate a porta
E sai toda altiva e
Cheia de soberba
Fria.
Senta no primeiro
Bar e enche a cara
De poesia.
Quando volta pra
Casa, cheia de gás
E de asa, violenta
Ele todinho, sem pena,
Perguntando com
A cara mais sacana,
Enfiando no peito dele
A surda faca:
- Diz ai seu babaca,
Quem é que manda
Nessa zona?
Diz ai que ainda é
Tua dona?
Karla Bardanza
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