Algumas coisas a sorte atroz e vã
esquece pelas dobras da tarde mansa,
enquanto a noite dorme de manhã
e o amor apenas sorri e descansa.
Outras, o céu escreve no infinito
quando os deuses buscam amplidão,
e eu, sem voz, sento na lua e te fito
caminhando sem os pés na minha direção.
Em momentos assim plenos de delicadeza,
a minha alma floresce em súbita surpresa,
chamando novamente a tua aurora infinda.
E quando chegas com o sol no peito,
seguro tuas mãos com calor e jeito
sussurrando que te amo ainda.
Karla Bardanza
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