Os espinhos daquela rosa
não a protegeram daquelas mãos:
aquelas frágeis mãos que a
esmagaram.
Na verdade, foi ela que
mais sangrou quando as palavras
voaram e cairam no solo
cego e nu.
Azul sem manhã, currupião
sem asas, canto sem flores ou poesia:
aquela rosa evaporou.
Nada mais os poemas escondem.
Uma rosa é apenas uma rosa com encontro
marcado para morrer.
Uma rosa nunca consegue se proteger
de si mesma, nem das mãos que ainda ama
e a apavoram.
Ela é apenas um poema em estado permanente
de flor.
Ela é apenas o sangue que dorme no espinho
quando o amor ainda
não acabou.
Karla Bardanza
Observe-me com a leveza de uma bolha de sabão... e ache minha beleza... Ela está ao meu redor...no meu calor...no meu estado permanente de flor. -Karla Bardanza-
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