Há floradas na serra:
coisas raras que toco com a
mente enquanto
o dia boceja levemente
em mim.
Respiro o sol.
Meus pulmões estão cheios
de ocasos e manhãs.
Tudo ferve dentro e fora.
Uma longa ebulição me devora
com mansidão.
Meu calor se levanta.
O dia se espreguiça:
corro, o trabalho me espera
amanhã.
Já cansei só de pensar.
Deito para desobservar
as obrigações.
Fico esperando a lua
fazer uma volta atrás do quarto
e não preciso de palavras
para dizer o silêncio.
Ousadamente
deixo o amanhã para amanhã
e fico ali fazendo amizade
com o sol que entra pela janela
e quer logo me abraçar.
E eu, com a cara mais
deslavada digo pra ele:
sou quase poeta.
E ele todo iluminado,
fica ali comigo sem ter mais
o que fazer além de
poesia.
Karla Bardanza
Observe-me com a leveza de uma bolha de sabão... e ache minha beleza... Ela está ao meu redor...no meu calor...no meu estado permanente de flor.
-Karla Bardanza-
Um comentário:
Karla que coisa linda!
Sua poesia canta divinamente a natureza e eu fiquei fascinada pelas suas palavras.
Lindaaaaaaaaaaaaa!
Beijos e uma boa semana.
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