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A SÚBITA POÉTICA DO AMOR


Ele ouve o mar nela
E as nuvens o enlaçam
E os minutos não passam.
A hora aquietou-se.
A flor, apenas a flor
Encantou-se.
Imóvel momento
De súbita poética.
Ele sente, ele sente...
Ele a ama.
E ama o essencial:
Os cabelos de brisa,
O olhar de água-marinha
( queimando a pele e tudo
que rasga seu imperfeito
peito),
seu sorriso de pérola
escondido em ostra,
que quase revela.
Ele a ama...
E o amor é uma vela
De jangada acenando
No infinito.
E o amor é que
Nunca foi lhe dito.

Ele ouve gaivotas nela
E a respiração do mar.
E sem entender, pergunta-se
Se realmente sabe amar.

Karla Bardanza

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