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A ALQUIMIA DA DOR


Duas forças gritam dentro de mim:
Pulsão de vida, pulsão de morte.
Uma é atrevida, a outra depende
Da sorte.
Trampolins para todas as metáforas
E símbolos, caminhos longos ou curtos,
Duas forças me impulsionam para
Além do bem e do mal, para o prazer,
Para a queda total.
E me aniquilam, torturam ou definem.
E me cochilam, aturam ou deprimem.
E sendo uma, duas sou.
E se respondo, quem me chamou?
Mas uma amarga certeza adormece
Em mim:
Talvez eu nunca descubra a alquimia da dor,
Talvez eu nunca encontro o fio de Ariadne,
Talvez eu tenha matado o amor.

Karla Bardanza

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