Amanhã nã me acorde.
Deixe as horas escorrerem
Pelo o meu quarto e encherem
A minha casa com a plena
Luz profunda que cega e
Corta os pulsos da solidão.
Deixe que os meus olhos
Durmam acordados, sangrando
Por cada dia desse calendário
Sem números e sem luas.
Ficarei nua de mim por
Entre os lençóis sem voz:
Portos vagos e vazios do
Medo e do frio.
Amanhã eu só peço
Que tudo seja breve
E que nada faça sentido.
Não sei, mas eu não
Acredito.
Nem quando escrevo,
Eu acredito.
Karla Bardanza
Um comentário:
Karla,
As tuas palavras têm um sabor diferente, um segredo que me invade.
bj
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