"Ver o Mundo num Grão de Areia
E um Céu numa flor silvestre,
Ter o infinito na palma da sua mão
E a Eternidade numa hora."
-William Blake-
Venha ver o que me faz bem-aventurada:
O segredo do vento, o suspiro da estrela,
As flores selvagens, Bharatanatyam, Odissi,
Cítaras e saris, feche os olhos para viajar por
Dentro de mim.
O infinito mora na palma da minha mão,
Linhas que se soltam e vão direto para
O espaço calado do meu coração, grãos
De areia a beira do mar. Se eu fechar os
Olhos agora, deixe-me sonhar mesmo
Que a eternidade dure menos que uma
Hora e eu não possa ir embora dentro
Das bolhas de sabão.
Viajo na poltrona, a alma solta pelo ar,
Música sagrada e incensos, nada me contém
Neste corpo: nem os ditames, nem os paradigmas
Tampouco os estereótipos. Meus nervos óticos
São míopes para a discriminação.
Venha, segure a minha mão enquanto tocamos
O infinito e atravessamos os oceanos, os anos,
Sonhando com a alma cheia de tudo porque
Se nada tivermos, teremos apenas o mundo.
Venha ver o que me faz bem-aventurada:
A magia do tudo-nada que se esconde e se
Revela quando as palavras libertam emoções,
Quando as monções beijam o sudoeste da Índia,
Quando dentro de mim habitam borboletas e a vida
Está muito além do jardim.
Karla Bardanza
ESTE POEMA FOI INSPIRADO EM RUBEM ALVES E WILLIAM BLAKE.AMO VOCÊS DOIS.
Observe-me com a leveza de uma bolha de sabão... e ache minha beleza... Ela está ao meu redor...no meu calor...no meu estado permanente de flor.
-Karla Bardanza-
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