uma teia para te esperar:
mas não chegue agora,
deixe a hora passar
com delicadeza.
Enquanto encontro sentido
nesta ausência, faço planos
para o amanhã, para a pessoa certa,
para a incerta mulher de passos largos
que anda na minha calçada
sem fama.
Não venha sem entender de magia,
de dança, de poesia.
Não venha cheio de vazios.
Preciso de rios e correnteza:
-arraste-me-
Sou uma aranha cansadinha:
às vezes quando paro é apenas
para admirar os fios do infinito.
Às vezes, paro e te fito com os olhos
sem pensamentos, com o sentimento
de tudo, de sonhos, de mundo.
Aquele Poeta me entende.
Te aguardo em minha teia de palavras
e alguma insensatez.
Não! Já te falei:
não venha agora!
Mas se vier...
Venha de vez!
Karla Bardanza
Observe-me com a leveza de uma bolha de sabão... e ache minha beleza... Ela está ao meu redor...no meu calor...no meu estado permanente de flor.
-Karla Bardanza-
Um comentário:
Seus poemas são sempre encantadores, leves e delicados.
Gostei do que li aqui.
Abraços
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