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A POESIA DO SILÊNCIO



Deito no teu corpo

E ouço a poesia do silêncio

Subindo pela minha pele,

Delicadamente,

Delicadamente.



Todo o desejo cabe

Nos meus poros tão abertos

Ao teu infinito.

Te sinto,

Te sinto.



E te olho com olhos

De eternidade, rasgando o

Peito onde você plantou

Tanta vastidão e saudade.



Desaprendo o medo,

Afogo as pequenas covardias,

Meu corpo é semente,

Meu corpo é morada

Perdida entre o céu e o nada

Onde habita todo o prazer.



Minha alma carrega você

Em luzes e rosas, minha alma

Abraça o teu discurso, os teus livros,

O tudo que eu sempre redescubro

Apenas quando ouço o teu silêncio.



Deito no teu corpo

E lá dentro de mim há um jardim

Selvagem cheio de poemas escritos

Quando a minha mão esquerda

Está cheia de coragem e andorinhas





Karla Bardanza









Observe-me com a leveza de uma bolha de sabão... e ache minha beleza... Ela está ao meu redor...no meu calor...no meu estado permanente de flor.
-Karla Bardanza-






























































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