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MORRENDO DE VAZIOS E DE SILÊNCIOS

Quadro de Steven Graber




Toda a delicadeza
que ela esqueceu nos ouvidos dele, 
escorre e inunda os cantos escuros suspensos
entre as heras e horas
S
U
A
V
E
S

Palavras, mansas palavras
vagas palavras, largas palavras ...
A alma dela tão dele
ainda acorda acordes,
transborda em sons,
em tons, em ondas
que propagam
e transfiguram os decibéis
em angústia.

Ele ouve os impulsos
do querer
até
E
N
S
U
R
D
E
C
E
R
morrendo de vazios e silêncios.

E num acesso de loucura,
tapa os ouvidos com as mãos,
fingindo que a culpa não está gritando
dentro de seu
C
O
R
A
Ç
Ã
O



Karla Bardanza


Irmãs e Irmãos, Feliz Lammas/Imbolc!












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Um comentário:

Helô Müller disse...

E os nossos querereres, aos poucos, vão se diluindo vida afora... E, assim, a gente vai vivendo!

Lindo demais, Karla!
Bj
Helô

P.s. adorei seu delicado recadinho...