Shaun Ferguson
E lá no final,
ela descobriu
que era igualzinha a todo mundo:
sem sonhos,
sem palavras com açúcar,
sem acontecimentos.
Decididamente,
fechou a porta,
as janelas
e acabou de uma vez por todas
com todas as oportunidades da ilusão.
Parou com esse negócio
de segurar a mão
e de buscar poesia na boca dos outros.
Parou de querer
começo, meio e fim.
Ainda não sabe se este
é o caminho mais curto para morrer.
Ainda não sabe quase nada,
nem mesmo o que já sabia
quando o sinônimo de não
era sempre sim.
Mas, amanhã é outro dia
igualzinho a hoje.
(para fazer o que mesmo, hein?)
Karla Bardanza
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