Christilla Germain
Tudo que é sim
mora no canto esquerdo dos meus olhos
e escoa desavergonhadamente
toda vez que fico mais azul
e mais perto de mim mesma.
Isso é o por enquanto
que me liberta com ousadia,
é a plenitude tardia
que santifica a imaginação.
Tão perto do fim,
inauguro-me.
Glorifique-me então
assim que as tuas mãos
entenderem de eternidade
e a vida for mais,
e a vida for.
Porque eu sou
e penduro o sol
no peito toda manhã
assim que o espírito das árvores
me torna infinita.
Quando isso acontece,
tudo que me habita
cabe em um verso apenas.
Karla Bardanza
2 comentários:
such a lovely and sweet piece!
what a touching image! sorry I do not understand the poem - but I bet it is lovely also
be happy, Nat
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