DAS DELICADEZAS DO SILÊNCIO
se não te falo sobre isso
é porque o vento não deixa,
a lua se esconde,
as palavras deitam de bruços.
tenho tentado arduamente
ser igual e plural,
ser a concha e a mão que segura
a concha.
veja bem os adultérios
desta vida, a paixão da liberdade.
é sempre mais
delicado fingir,
vendar os olhos
apenas com poesia
e açúcar porque quando
as estrelas caírem,
( e elas sempre caem)
não será mais minha culpa.
Karla Bardanza
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