A vã metade deste ser
Anda distraída, cega
Pela ventania forte
Que desgrenha e quase
Espalha todas as letras
Da distante poesia que
Escorre na tempestade.
A vã metade deste ser
Arde, acolhe todas as
Sílabas fecundadas na
Sétima lua quando nua
E intensa, derramou-se
Em verdades assustadas.
A vã metade deste ser
Não ama nem menos
Nem mais: ama apenas
Você.
Karla Bardanza
Um comentário:
A vã metade deste ser
pode até ser vã...
Mas não deixa de te querer.
Lindo o teu poema, Karla!
Beijo,
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