E no início era o verbo
de ligação, é claro.
Eu queria mais que
você fosse o meu predicativo,
sujeito.
Depois, deixei tudo
para ser seu objeto
indireto, sempre.
Você nunca me assumiu
publicamente.
Nunca me escreveu
um poema decente,
Nunca nada.
Apenas falou:
sem cobranças,
desencana,
Achei isso tão sacana!
Agora, estamos no
modo subjuntivo:
eu morta,
você vivo.
Diz que eu minto,
me chama de sonsa,
não entende o que
eu sinto,
me julga, me sentencia,
me mata, me silencia.
E eu, que ainda
te amo porque não
vou deixar de te amar
tão fácil assim,
queria saber
se a dor anistia
ou se existe
alguma conjunção apassivadora
entre nós dois, quem sabe um não
agora, pode ser um "se" depois.
Karla Bardanza
Um comentário:
Karla,
Não sei que dizer desta gramática inflexionada de sentidos.
Apenas e como sempre, que s tuas palavras me enchem.
bj
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