Ninguém pode saber o que sonho
quando a melodia arrasta o passado
pelos corredores e as mãos atormentadas
desenham a flor chorando.
O ventre pronto para parir o futuro,
o escuro da dúvida,
os tantos ritos para acontecer
no silêncio da caminhada.
Era eu e o nada do momento.
O tempo coberto de arranhões
sangrava e prometia.
Dentro de mim, ela era poesia
brotando em nove luas, nua
como a delicadeza deve ser.
Aguardei o silêncio, olhando
o que faria de mim, plantando
um jasmim sem raiz, tentando
ser feliz no meu jardim de rosas
negras.
A primeira vez que vi o anjo
em prantos, amei mais.
Não sabia muito o que o destino
queria comigo, não sabia.
Contemplo o que se foi agora
e vejo a mulher sozinha e a sua
cria.
Ela ainda esta aqui
e aprendeu finalmente
a sorrir.
Karla Bardanza
Observe-me com a leveza de uma bolha de sabão... e ache minha beleza... Ela está ao meu redor...no meu calor...no meu estado permanente de flor.
-Karla Bardanza-
Um comentário:
Lindo poema.
Sem dúvida uma linda homenagem à um momento são singular...
Bjss
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