O vento desenha invisíveis padrões enquanto esfaqueia as costas da noite
com a sua respiração amarga.
As flores tremem: pétalas de gelo se afastam de minhas mãos.
As estrelas escurecem os meus olhos.
Meu coração tirano se agacha para esperar pelo futuro.
Tão distante, um rosto contempla a minha alma chicoteada.
A tranquilidade do momento irrompe em uma tempestade de neve:
flocos de desepero caem de minha mente, cobrindo o caminho.
Vagas tragédias coroam-me com espinhos.
Estou imobilizada.
Meu sangue mancha as minhas palavras, deixando ver o cume
da minha dor.
A noite não pode conter a minha mágoa.
Quem lembrará do meu nome?
Fui a musa, fui a palhaça.
Alguém podia ler enigmas nos meus olhos.
Agora olhe para mim enquanto ofereço a minha submissão ao vento.
Não tenho forças.
Estou fora da vida.
Karla Bardanza
Observe-me com a leveza de uma bolha de sabão... e ache minha beleza... Ela está ao meu redor...no meu calor...no meu estado permanente de flor.
-Karla Bardanza-
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