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MORRO-ME



Não quero o tempo,

nem o grito do tempo.



Queimo as mãos das horas,

cego-me nos minutos vãos,

apago-me, mato-me,

recrio-me:

sou um bom escorpião.



Sou coisa, sou isso,

sou a cabeça que muda.



Morro-me,

e existo para além,

e também e também.



E quando crescem as penas

velhas no corpo gasto,

arranco o passado

e o tempo com as unhas,

sobrevivendo a insanidade

nossa de cada dia.





Karla Bardanza












Observe-me com a leveza de uma bolha de sabão... e ache minha beleza... Ela está ao meu redor...no meu calor...no meu estado permanente de flor.
-Karla Bardanza-






































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