Quando amei mais você,
tive tanto medo do sol
e desse calor distante
e desconhecido que habita
os covis das cobras insolentes.
Embarquei sem vontade nessa viagem.
Por algume tempo, morei no olhar
casto de uma criança, fiquei
embaixo do calor do pôr-do-sol.
Você era tão abençoado.
Quando te amei mais,
a respiração das flores demorava
na minha pele, o trabalho silencioso
da lua era uma resposta secreta
para tantas perguntas,
Você me absorveu na sua paixão,
você me abraçou com dor.
O tempo estava cego.
Deveria ter aprendido a conhecer
as suas metáforas impuras posto que
a brisa gentil não dura muito.
Pensei em borboletas coroando o céu,
pensei em criaturas aladas, em asas.
As minhas, arrancastes.Dissestes que
me levarias no colo.
As coisas estão doentes,eu estou doente.
Cobras deslizam através de minha mente.
Arrasto répteis.
O passado coaxa enquanto a minha dor
queima divinamente na escuridão.
O amor é uma criatura escorregadia
dentro de buraco horrendo.
O amor é uma visita do mundo subterrâneo.
Quando te amei mais, havia uma cobra
com sua cabeça em meu seio.
Quando te amei mais, a picada da serpente
doía menos, o veneno não matava tanto como
agora.
Karla Bardanza
Observe-me com a leveza de uma bolha de sabão... e ache minha beleza... Ela está ao meu redor...no meu calor...no meu estado permanente de flor.
-Karla Bardanza-
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