Bao Pham
E ela deixava tantas palavras
no céu da minha boca com tanta
generosidade.
Havia tanta cumplicidade
nestas mãos,
tantas coisas que já me despertencem:
o tempo era sempre bom.
Tudo brotava
do corpo aberto, dos raios,
dos mil quereres
que ela e apenas ela
é senhora.
Encontro-me entre eu e eu.
Ela não está mais aqui
nas linhas, na tela,
nas metáforas desalinhavadas.
Minha musa chama-se nada
e de nada engendro a poesia
entrincheirada, presa na vida.
Tudo é monocromático,
asmático.
(Mal consigo respirar)
Afogo-me em coisas
que já não sei mais dizer,
e enquanto não busco explicações
para a minha falta de explicação,
e poesia,
deito nas mãos do sistema:
"faça-me um instrumento de ti, pai"
e acordo
com a alma cheia de contas para pagar
e mais um pouco
rouca e infeliz.
Karla Bardanza
AVISO:
SE ALGUÉM SOUBER POR ANDA A MINHA MUSA/INSPIRAÇÃO/SEI-LÁ-QUE-NOME-DAR, MANDE UM RECADO PARA MIM.ESTOU SOFRENDO DE WRITER'S BLOCK. FICA MAIS CHIQUE DIZER EM INGLÊS QUE VOCÊ NÃO ESTÁ CONSEGUINDO ESCREVER PORRA NENHUMA.
SE ALGUÉM SOUBER POR ANDA A MINHA MUSA/INSPIRAÇÃO/SEI-LÁ-QUE-NOME-DAR, MANDE UM RECADO PARA MIM.ESTOU SOFRENDO DE WRITER'S BLOCK. FICA MAIS CHIQUE DIZER EM INGLÊS QUE VOCÊ NÃO ESTÁ CONSEGUINDO ESCREVER PORRA NENHUMA.
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