Benito Cerma
Para Júlio
(in memoriam)
(in memoriam)
Dois silêncios existem agora.
O primeiro foi o das estrelas caídas
quando a vida era a ponte
entre o maravilhoso e a teia imagética
dos dias.
O segundo,
o segundo está em algum lugar
perto da tua selvagem mente
patriótica e insólita.
Isso sempre restará nas palavras,
nas coisas ainda caladas
que o coração finge que des-conhece.
Ninguém nunca poderá
entender o que te fazia menino e deus.
Ninguém nunca poderá
saber o que foi.
Que seja então silêncio e paz
porque aquilo, tudo aquilo
foi apenas o que sempre será:
poesia e pão.
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Karla Bardanza
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