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QUANDO ATIRASTES A TUA MELHOR FLECHA NO MEU PEITO


 YDK Morimoe



 Quando eras caçador,
atirastes tua melhor flecha no meu peito
que partiu-se em flores
e cobriu o universo
com a memória do sol,
com a rude docilidade
dos ventos,
com as palavras mansas
 da lua.

Lembro-me de que sangrei delicadamete,
jorrando minha vida em tuas mãos:
eu era você dentro de mim.
E morria
para ser uma outra eu mesma
com mais açúcar 
e estrelas.

Assustado, 
tirastes de teu peito,
teu próprio coração
e o colocastes em mim:
precisava salvar-me
de mim mesma.

Por muito tempo,
ninguém sabia
quem era eu
ou você:
um único coração era suficiente
para nós dois.

Algumas pessoas
ainda me perguntam
como é estar viva agora,
depois do depois.

Olho apenas
para isto que insiste
em pulsar nas minhas entrelinhas
quando acompanhada estou sozinha,
quando sinto mais do que devia,
quando fico bem menor,
muito menor
e
sei
que sobreviverás a eternidade
porque o amor, amado meu,
sabe que um dia,
um dia,
nos veremos novamente.


Karla Bardanza


Feliz Dia dos Namorados. Amem-se porque a única verdade universal
ainda é o amor que damos e recebemos.







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Um comentário:

Helô Müller disse...

Que linda poesia, Karla! ... o amor é eterno, e morrerá conosco!

Bj grande!
Helô