Pendurou o coração em alguma árvore,
sem temer queimaduras,
protegendo a face do sol,
procurando delícias nas mãos dos oceanos.
Cortou cabeças, despiu o fogo,
deixou que as pedras agissem.
Havia encantos nas rosas fatigadas,
nas coisas verdes e longas,
no que morria.
Aos poucos,
absolveu-se dos beijos abandonados,
do vento de duas cores,
das sombras quase fatais.
E irresistivelmente,
correu com os cordeiros
para perto dos pastores.
Karla Bardanza
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