um poema escreve-se
com as mãos suadas,
com vontade de acordar
para depois ser abandonado
porque sempre espera-se
que ele possa desabrochar
algum momento, depois
do depois.
o que me tranquiliza
é que ele sempre
estará lá me esperando
com pena de mim,
tentando adivinhar
a minha necessidade
de perfeição.
e enquanto
o intervalo entre
a mão e o ontem perdura,
coisas proibidas
e belas respiram
silenciosas em mim.
eu sou.
ainda.
Karla Bardanza
com as mãos suadas,
com vontade de acordar
para depois ser abandonado
porque sempre espera-se
que ele possa desabrochar
algum momento, depois
do depois.
o que me tranquiliza
é que ele sempre
estará lá me esperando
com pena de mim,
tentando adivinhar
a minha necessidade
de perfeição.
e enquanto
o intervalo entre
a mão e o ontem perdura,
coisas proibidas
e belas respiram
silenciosas em mim.
eu sou.
ainda.
Karla Bardanza
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