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POEMA ENTRE A ALMA E O CORAÇÃO


Os passos finos da chuva lá fora

Acendem o momento, refrescam a

Memória da pele enquanto eu

Desenho o teu rosto com os meus

Dedos imaginários, fazendo curvas

Profundas nos vãos inquietos do

Desejo. Pontes tão distantes separam

Tua alma do meu coração. Meus olhos

Sem luz lamentam a escuridão e a

Impossibilidade. Nada há, além disso,

Moldado pela argila e pelo não.


As folhas das árvores quedam plenas

De vida, gotas beijam os vidros da

Janela e o mar está indeciso como

Sempre. A paisagem abre o meu olhar.

Vejo tão pouco, ouço quase nada: as

Palavras já não podem me entender

Ou explicar. Descanso no sofá, percebo

O teto mais uma vez e todas as minhas

Imperfeições. Durmo nos meus próprios

Braços tão cansados da hora suave.


Karla Bardanza
















































Um comentário:

Edna Schneider Lemos disse...

OI amiga. Que lindo poema. Porque sumiu de minhas páginas?
Saudades. Tua amiga.