arranco os olhos
para sangrar
e sentir
a
melhor dor.
Fico parada
e
o céu
morre
dentro de
mim com tanta
graça e exaustão.
Quando eu
sou um pouco de mim,
os pés não estão plantados
no chão, nem estão no ar.
As mãos estão na boca
e
toda metáfora
está muda
ou
louca.
Sinto
as árvores,
as aranhas,
as maçãs,
as pedras,
as águas
transbordando
as mágoas
Afogo-me
em mares
desequilibrados
e quando alguém
resgata
o meu corpo,
meu desespero
está mais maduro
e abençoado.
Quando
eu
sou
o meu próprio
alter-ego,
nego
e
me renego
três vezes
antes do galo
cantar.
E quando
volto para o meu lugar,
fico um pouco
mais coisa,
um pouco mais folha,
um pouco (mais?!)
menor
enquanto
a vida boceja
cheia de olheiras
e dó.
Karla Bardanza
Observe-me com a leveza de uma bolha de sabão... e ache minha beleza... Ela está ao meu redor...no meu calor...no meu estado permanente de flor.
-Karla Bardanza-
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