Quadro de Hugo Urlacher
Lembro sem gratidão
de seus olhos azuis por detrás
dos óculos procurando-me
nas nossas sombras
e estúpida exaustão.
Estar diante de ti
é engolir o nada
e cuspir o todo
que deixou de ser.
A rapidez sempre deixa
pratos espatifados,
corpos petrificados,
palavras que não saem
da garganta.
Por quanto tempo mais
vou resistir antes das minhas pernas
traírem o meu agora mais uma vez?
Quando vou esquecer
a matemática limitante do
três?
Karla Bardanza
Um comentário:
Bom dia!
Grata por me permitir tão belo poema.
Fiquei encantada.
Grande abraço
se cuida
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